Primeiro deixa eu contar que tô feliz porque vai sair uma nova HQ chamada Imbalance que dá continuação a Avatar - A Lenda de Aang. Agora deixa eu começar. Acho que a galerinha dos dezoito anos pra cima se recorda dos bons desenhos que passavam na TV. Os meus favoritos sempre envolveram ação e aventura. A alguns meses adicionei Avatar a minha conta no TVShow Time porque nunca cheguei a assisti-lo até o final quando criança, então pensei, por que não fazê-lo agora? Sexta-feira passada (23) iniciei a primeira temporada de Avatar: The Last Airbender e foi a melhor coisa que pude fazer esse mês! É um anime, espiritualmente falando, maravilhoso. Terminei a terceira e última temporada ontem a noite e estava refletindo hoje (segunda-feira, 27) sobre os seus ensinamentos. Eu quero muito mostrar isso a vocês porque eu fico fascinada em como podemos aprender tanto com a arte.

lição n. 01
Ter princípios é tão importante quanto respirar. //
Pois nos ajuda a tomar decisões desde as mais drásticas até a mais simples. Princípios é a base de vida de cada um. É sobre o seu dever consigo mesmo e com os outros. Quando se eu tenho princípios não quer dizer que não irei entrar em situações difíceis e sim que vou conseguir sair dela tomando a decisão certa.

lição n. 02
Perdoar é essencial. Porque se trata de curar a nós mesmo. //
Não é algo fácil de se fazer na vida real e no anime também não foi, principalmente para a Katara e o Aang. Mas é importante fazê-lo. O perdão não é só sobre alguém que nos machucou profundamente, mas é sobre nós mesmos. É dar um basta ao poder que o outro ainda tem sobre nós. É liberar a nossa alma e o nosso coração de sentimentos ruins como angústia e o ódio. Não é fácil! Não é mesmo! Mas é algo que precisamos trabalhar para ser feito.

lição n. 03
Conhecer quem somos nos ajuda a lembrar para onde vamos. //
É como um complemento da primeira lição. Se você se conhece sempre saberá quais caminhos escolher e aonde quer chegar. É algo como, se você souber onde quer acertar nunca vai errar o alvo.

lição n. 04
Ter diferenças não impede que o mundo viva em união. //
O mundo estava dividido por três tribos e uma nação, isso por causa das suas diferenças, que consequentemente originam costumes diferentes. Mas não estava errado. Não é errado ser diferente e ter divergências. O problema do senhor do Fogo era se achar superior as outras tribos. Aang não desistiu de um mundo de paz e liberdade para todos, mesmo em meio a guerra e uma sociedade dividida por diferenças. Ele só precisou ensinar que todos tinham os mesmos direitos. Que estava okay ser diferente. Errado era se achar superior.

lição n. 05 //
Que nunca é tarde para pedir perdão e nos redimir. //

lição n. 06
Ser tolerante e respeitoso ajuda manter os amigos. //

lição n. 07
Para enxergar a verdade basta olhar do ângulo correto. //
Isso é retratado melhor no personagem do Zuko. Ele acaba por ter uma crise de identidade e se questionar entre o certo e o errado. Pela sua criação, caçar o Avatar era a coisa mais digna de honra que ele poderia fazer, mas bastava ele olhar um pouco mais de longe para questionar suas motivações e influências.

lição n. 08
Se a natureza te ataca é porque você a atacou primeiro. //
Após cem anos ~praticamente~ hibernando, Aang vê um mundo muito diferente e isso é mais visível na Natureza. Animais antigos em extinção, outros revoltados pelos humanos invadirem seu espaço e até mesmo o desmatamento e a poluição com fábricas da Nação do Fogo. É inquestionável que isso acontece no nosso mundo. Precisamos cuidar do lugar onde moramos. O Planeta Terra é o nosso lar. Ela é como uma grande peça de lego, se alterarmos alguma coisa todo o resto se desequilibra e desmorona. Advinha em cima quem?

lição n. 09
Não tem problema receber ajuda das pessoas. //
Normalmente eu faço minhas coisas sozinha. Não que eu não saiba trabalhar em grupo, até porque um hobbie como blog envolve coletivismo. Mas lembra daquele ditado se você quer bem feito faça você mesmo? Só que alterado para Se você quer de um jeito específico faça você mesmo. Assim eu irei saber que se algo sair fora do esperado o erro foi meu.

No entanto, quem também pensa assim, se não tomarmos cuidado podemos acabar aplicando-a em todas as situações, como, não aceitar que um amigo pague o nosso lanche quando esquecemos o dinheiro ou que alguém te oriente em uma matéria difícil, entre outras coisas muito simples do dia a dia. E não é caso de orgulho. É questão que por diversas vezes eu nem reconheço que preciso de ajuda, pois estou acostumada a fazer tudo sozinha. É algo inconsciente. Não é por eu achar que o outro é incapacitado, mas acredito que eu exijo demais de mim.

Aang carrega o peso e a culpa de colocar o mundo em ordem e aniquilar Ozai. Isso lhe causa um estresse absurdo, insônias e ansiedade, até ele entender que mesmo sendo O Avatar não tem problema dividir a tarefa. Se temos um dever que é nosso e pode ser resolvido de um jeito mais fácil, não é errado aceitarmos ajuda. Isso é algo que estou trabalhando.

lição n. 10
Violência não é a solução, sempre tem outro jeito. //
No começo achei que Aang não tinha aquela posição de Avatar ou personagem principal. Às vezes parecia inocente demais ou fraco para o seu posto. Com um pouco mais de sensibilidade percebi que ele era só um menino de 12 anos e com uma responsabilidade enorme. Ainda estava se adaptando. Também ficava me questionando o porque eles não acabavam de vez com uma luta só matando o adversário (como na maioria das séries e filmes) e achei que era por ser um anime para crianças, masss, não!

Aang nasceu na nação dos Nômades do Ar e foi criado com Monges, os quais lhe deram muitos ensinamentos envolvendo ética e respeito a vida. Que ele não tinha o direito de tirá-la de ninguém, nem dos mais terríveis dos homens. Foi aí que notei que Avatar é algo que deve ser assistido principalmente por adultos, sabe? Aang tem todo o poder em mãos, mas nunca viu ou tirou vantagem disso, nem mesmo para matar um inimigo. Ele sempre esteve convicto dos seus princípios e isso sempre lhe motivou a encontrar alternativas melhores! E também me mostrou o quanto somos corrompidos diariamente pela violência.

Enfim, com todas essas lições indico de coração o anime. São apenas três temporadas contadas de um jeito bem autêntico. Tem batalhas, romance, drama e muita evolução dos personagens! Obrigada pela visita pessoal, até o próximo post.