Feed, escrito e protagonizado por Troian Bellisario, 2017 | Filme

by - outubro 11, 2017




"No fim? Chorei. (...) E cheguei a outra conclusão, o quão grave, doentio e profundo chega a ser as consequências no ser humano quando o mesmo perde alguém importante?"

Matthew (Tom felton) e Olivia Grey (Troian Bellisario)  são irmãos gêmeos, moram com os pais que parecem não estar no melhor momento do casamento e vivem em um mundo cheio de privilégios e oportunidade. Os jovens de dezoito anos acabam de iniciar o último ano letivo no colégio. Dentre os dois podemos notar que Matt é o irmão mais popular, extrovertido e confiante, enquanto Olivia Grey parece preferir a quietude e o estudos — motivo que a torna o troféu de exibição do pai.
Após uma sequência de acontecimentos que só acompanhamos pelo olhar da Liv, os irmãos se desentendem e no caminho para casa um acidente acontece, separando duas pessoas que sempre viveram unidas desde o nascimento. E isso não é spoiler, tá querido cinéfilo!?
É quando o Matt Grey (Tom Felton) morre ainda nos primeiros minutos iniciais que o filme começa de verdade. Fiquei pasma, curiosa e tensa em diversas cenas. Na grande parte foram todos os sentimentos de uma única vez. A questão da Liv (Troian Bellisario) ver e aparentemente tocar ouvir e conversar, sabe? Interagir com seu irmão falecido como se ele fosse real, mesmo após o filme acabar, ainda foi estranho para mim. Bizarro e de certa forma, sentimental.
Ela sente falta dele nas primeiras semanas após o acidente o que é algo natural. No entanto, quando Matt começa a interagir com ela, existiam momentos que Liv não queria a sua presença. No filme podemos acompanhar então a convivência entre irmãos, a separação, o sentimento de perda e essa fase muito crazy — que no início parece amenizar a dor, mas que mais tarde até o telespectador começa a fica incomodado em como o Matt se torna invasivo e indesejado.
A personagem da Troian desejava que por muitas vezes o Matt fosse embora ou não cometesse determinadas ações e isso me deixou intrigada: como o Matt estava lá? O que o faz conseguir estar lá? Ter esse peso de ação em cima da irmã ainda abalada? É impressionante o tamanho do poder que seu irmão gêmeo, quando vivo, tinha de influenciá-la. Por eu estar tão envolvida com os personagens, a interpretação da Troian a do Tom e o enredo, só pensei tais coisas após uma hora de filme.
Intrigante. Escrevo. E ainda assim não me parece ser o adjetivo certeiro para Feed. No início da trama tudo parece natural: os jovens, suas personalidades, a instabilidade familiar e a tamanha proximidade dos irmãos. Essa normalidade é tão grande que se torna suspeita e consegue causar tensão no telespectador. Esses sentimentos de uma pré-surpresa e o desconforto com o desconhecido foi bem expressado e interpretado pelo Tom Felton (Matt Grey). Ele fez um ótimo trabalho.
Apesar de ser simpático falando e agindo, Tom conseguiu passar a sensação de que não se deve confiar no Matt. O que piora tudo já que o personagem mantém uma rotina íntima com Olívia, a irmã. Não sei se foi coisa da minha cabeça ou não, mas parecia que o mesmo tinha um interesse diferente pela Liv, algo que só ficou no clima mesmo. Seu irmão, Matt, possuía um carisma, porém se nota um perfil manipulador vindo dele mais tarde. O tipo que chega a usar as emoções frágeis da Liv para convencê-la de algo.
Durante o filme, antes mesmo do acidente — que é o estopim para o desenrolar — acontecer, fiquei imaginando o que estava por vir. Prefiro não ler a sinopse, acho que o filme/livro fica mais cheio de surpresas quando isso acontece, e no filme Feed eu fiquei apreensiva para descobrir o que exatamente eu iria presenciar assistindo-o. Para completar essa espera, pude apreciar a boa trilha sonora e merecendo um grande destaque, a fotografia do filme. Eu gostei do inicio, meio e fim. De tudo o que vi.
A escolha dos personagens, penso eu, não poderia existir ninguém melhor para interpretar os papéis dos irmãos Grey, seus pais e da Tiffany Boone que interpreta a ex do Matt (Tom Felton). Os personagens parecem terem sido criados para eles e não o contrário. Feed foi escrito por Troian Bellisario que também contribuiu na produção.
Eu simplesmente fui lá e assisti o filme sem pesquisar nada sobre ele antes e nem ler a sinopse e sou muito grata por isso. Foi um filme que você não sabe se mexe com espíritos, se é um sonho, se trata do psicológico ou alguma crença/realidade. O final é surpreendente e o filme em si é emocionante.
O Tom Felton caiu como uma luva no papel do Matt. Suas expressões, o empenho. Tão dedicado que só assistindo um papel bom seu para eu deixar de sentir raiva do Matt, apesar de nem saber pelo quê exatamente. Ainda estou confusa afinal. Já a Troian Bellisario, senti até motivação para retomar a segunda temporada de Pretty Little Liars, não pela série, mas apenas para vê-la atuando.
No fim? Chorei. Se tivesse me identificado mais teria chorado o filme todo. Trabalha com perdas familiares, depressão, crise familiar, crise de identidade e anorexia. Um gancho que desencadeia vários outros fatores. E cheguei a outra conclusão, o quão grave, doentio e profundo chega a ser as consequências no ser humano quando o mesmo perde alguém importante?
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Obrigada pela sua atenção!
nóis, turma! 

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