Sobre os complexos, teorias e formulas dos últimos três meses.
Olá, olá, você, tudo beleza?
Nós estamos em.. Outubro, Novembro… Isso! Novembro. Caramba! Setembro por aqui foi um tapa, literalmente e acredito que pela quantidade absurda de postagens que foram ao ar aqui no blog, dá para ter uma noção, não é mesmo? A verdade é que não aconteceu nada de muito espetacular em Outubro e Setembro (apesar de serem meses que sempre costumam ter datas de descanso por aqui, mas aconteceu o contrário), mas ao mesmo tempo, se eu fosse falar sobre tudo, isso aqui iria extrapolar. Mas justamente por essa sensação confusa de tempo e dias eu comecei a escrever esse post. No fim, acredito que isto aqui será mais uma coisa de mim para mim, para que eu esteja ciente de que aconteceram sim coisas interessantes e que não foram dois meses perdidos, do que um post direcionado a quem quer que esteja lendo esse blog (risos).
o complexo do Cursinho.
No fim de Agosto, após meses buscando um cursinho que coubesse no meu bolso (0800) eu finalmente consegui uma vaga no UPT. Mesmo estando tão perto do ENEM talvez ainda houvesse tempo para mim e eu conseguisse finalmente engatar nos estudos (não tenho disciplina para fazer isso em casa e estar ciente disso também acaba comigo). Eu estava muito feliz. 50% da minha vida estava começando a andar e eu não mais estava me sentindo uma inútil. Sério, estava perfeito. Até a chegada da primeira semana de Setembro onde eu acabei levando um susto muito grande, tive dores de cabeça dois dias seguintes, somado a um resfriado que peguei de uma colega do cursinho (por favor, não tossir ou espirrar próximo dos coleguinhas), até que fiquei acamada de vez. Resultado: faltei duas semanas de Setembro com as dores de cabeça que cresciam no decorrer de cada dia e o resto do mês com a gripe — que eu não queria passar aos colegas como a coleguinha tinha feito comigo. Sobre Outubro… eu não faço ideia do que aconteceu nos trinta e um dias de Outubro. Eu não estou zoando.
o complexo da Inutilidade
Toda essa coisa emaranhada me puxou de volta para o sentimentalismo e a sensação praticamente certeira de inutilidade — que só piorou quando vi que faltavam duas semanas para o ENEM: e eu não tinha voltado ao cursinho por pura vergonha depois de ter faltado vários dias. E então faltava uma semana para o ENEM: e eu sequer conseguia me mexer, me motivar entende? Mesmo para retirar o caderno da mochila e estudar. Foi ai que tive mais certeza de que não importa quantas frases motivacionais você leia, quantas vezes as pessoas que te amam digam o que você precisa fazer, porque se você realmente não tem essa esperança dentro de si, não adianta. Se você mesmo não acredita em você ou não tem um motivo maior para fazer aquilo (já que toda a merda em volta está fedendo) as palavras, áudios e textos motivacionais serão como alguém regando uma raiz morta... Se você não tem o seu copo de café não adianta de nada essa motivação externa.
Eu achava que o que sustentava um guerreiro poderia ser sua estratégia, um lutador a sua força e uma pessoa o amor… Mas o único que resiste quando perde essas três coisas é aquele que possui esperança. Então eu entendi o porque que dizem que a esperança é a última que morre. Fiquei (e ainda estou) apavorada na verdade. É a única coisa que me resta e eu sinto como se a estivesse soltando. Mas o lado bom é que eu sempre acabo ciente disso, entende? De quando se está perto de perde o controle, então eu acabo segurando forte nesse fio, tentando engrossá-lo até virar um cabo de aço.
Eita. Que parágrafo pesado, não? Depois dessas palavras dramáticas da minha parte (e peço perdão por isso), de um jeito aqui e outro lá eu estou tentando não pirar usando a minha própria (para)nóia, e não deixar o lado Yin tomar conta.
Por fim decidir fazer o ENEM no sábado a noite após o meu namorado imprimir o cartão de presença (o qual era minha própria desculpa para confirmar o porque de eu não poder mais ir) e trazer em minha casa ainda à noite. Também foi nesse momento que coloquei em pratica uma das minhas formulas de impulso: por mais que você esteja com medo, por mais que você acredite que não adianta nada, você irá perder mais fazendo ou deixando de fazer?
É por isso que eu digo que nesses três meses aconteceram muito e pouca coisa e ainda está acontecendo. Pouco por nada que possa ser relevante de um jeito feliz e blogueirinho para compartilhar. Mas muito porque… foi duro. São meses onde todos os meus medos ameaçam se juntar e eu me vi a beira de desenvolver outros novos. Traumas que eu pensei que havia superado há muito tempo me esmurraram e a ansiedade veio com tudo novamente.
Nós estamos em.. Outubro, Novembro… Isso! Novembro. Caramba! Setembro por aqui foi um tapa, literalmente e acredito que pela quantidade absurda de postagens que foram ao ar aqui no blog, dá para ter uma noção, não é mesmo? A verdade é que não aconteceu nada de muito espetacular em Outubro e Setembro (apesar de serem meses que sempre costumam ter datas de descanso por aqui, mas aconteceu o contrário), mas ao mesmo tempo, se eu fosse falar sobre tudo, isso aqui iria extrapolar. Mas justamente por essa sensação confusa de tempo e dias eu comecei a escrever esse post. No fim, acredito que isto aqui será mais uma coisa de mim para mim, para que eu esteja ciente de que aconteceram sim coisas interessantes e que não foram dois meses perdidos, do que um post direcionado a quem quer que esteja lendo esse blog (risos).
o complexo do Cursinho.
No fim de Agosto, após meses buscando um cursinho que coubesse no meu bolso (0800) eu finalmente consegui uma vaga no UPT. Mesmo estando tão perto do ENEM talvez ainda houvesse tempo para mim e eu conseguisse finalmente engatar nos estudos (não tenho disciplina para fazer isso em casa e estar ciente disso também acaba comigo). Eu estava muito feliz. 50% da minha vida estava começando a andar e eu não mais estava me sentindo uma inútil. Sério, estava perfeito. Até a chegada da primeira semana de Setembro onde eu acabei levando um susto muito grande, tive dores de cabeça dois dias seguintes, somado a um resfriado que peguei de uma colega do cursinho (por favor, não tossir ou espirrar próximo dos coleguinhas), até que fiquei acamada de vez. Resultado: faltei duas semanas de Setembro com as dores de cabeça que cresciam no decorrer de cada dia e o resto do mês com a gripe — que eu não queria passar aos colegas como a coleguinha tinha feito comigo. Sobre Outubro… eu não faço ideia do que aconteceu nos trinta e um dias de Outubro. Eu não estou zoando.
a teoria conspiratória da Ansiedade
Ainda estava impactada com o acontecimento de Setembro quando aconteceu outro “acontecimento” na vida pessoal que transformou toda a minha autoconfiança — a qual foi construída bloquinho por bloquinho durante todo o início do ano — em farelos… Pra completar a merda dura e fedorenta alguém muito importante acabou indo embora, e foi ai que o bloqueio se formou de vez porque eu simplesmente não consigo fazer nada enquanto não resolvo um problema e esse era um "problema de gente grande". Foi quando eu percebi que ainda não passava de um garotinha agarrada na saia da mãe de tão assustada e impotente. Ok… já que ninguém muito próximo irá ler isto aqui posso dizer que todos esses “acontecimentos” foram de pessoas indo embora. A verdade é que você leva muito tempo para se conhecer, para evitar gatilhos e tomar o cuidado de não se quebrar e nem deixar que te quebrem. Você começa a ter uma certa dignidade, fazer acordos com a ansiedade e sua autoestima para que em menos de f*ckings dias tudo ir por água abaixo. E isso seria o “por cima” de toda história, sabe? O buraco sempre é mais embaixo e eu não sei se posso sair dele ainda esse ano. Sinto como se o seu fundo ainda fosse ceder mais.
o complexo da Inutilidade
Toda essa coisa emaranhada me puxou de volta para o sentimentalismo e a sensação praticamente certeira de inutilidade — que só piorou quando vi que faltavam duas semanas para o ENEM: e eu não tinha voltado ao cursinho por pura vergonha depois de ter faltado vários dias. E então faltava uma semana para o ENEM: e eu sequer conseguia me mexer, me motivar entende? Mesmo para retirar o caderno da mochila e estudar. Foi ai que tive mais certeza de que não importa quantas frases motivacionais você leia, quantas vezes as pessoas que te amam digam o que você precisa fazer, porque se você realmente não tem essa esperança dentro de si, não adianta. Se você mesmo não acredita em você ou não tem um motivo maior para fazer aquilo (já que toda a merda em volta está fedendo) as palavras, áudios e textos motivacionais serão como alguém regando uma raiz morta... Se você não tem o seu copo de café não adianta de nada essa motivação externa.
Eu achava que o que sustentava um guerreiro poderia ser sua estratégia, um lutador a sua força e uma pessoa o amor… Mas o único que resiste quando perde essas três coisas é aquele que possui esperança. Então eu entendi o porque que dizem que a esperança é a última que morre. Fiquei (e ainda estou) apavorada na verdade. É a única coisa que me resta e eu sinto como se a estivesse soltando. Mas o lado bom é que eu sempre acabo ciente disso, entende? De quando se está perto de perde o controle, então eu acabo segurando forte nesse fio, tentando engrossá-lo até virar um cabo de aço.
Eita. Que parágrafo pesado, não? Depois dessas palavras dramáticas da minha parte (e peço perdão por isso), de um jeito aqui e outro lá eu estou tentando não pirar usando a minha própria (para)nóia, e não deixar o lado Yin tomar conta.
Isso até me rende uns textos pra falar a verdade (inclusive criei minha conta no Medium). De certa forma são nesses períodos mais dramáticos que eu acabo refletindo bastante sobre mim, sobre as minhas crenças e em como podemos ser tão frágeis como ser humano, porém muito fortes ao tomarmos consciência disso. E que essa força pessoal também pode ser muito relativa, bom para nós, ruim para o próximo.
Em como em apenas um dia, um acontecimento, alguém pode se transformar. Pode deixar de ser uma pessoa do bem e se tornar um ser com desejos obscuros aos nossos olhos, no entanto… tudo parece certo em sua cabeça. As suas atitudes fazem sentido em sua própria mente. O que por sinal é horrível e nos faz ficar mais atento aos nossos próprios pensamentos.
a formula pratica do Impulso
a formula pratica do Impulso
Por fim decidir fazer o ENEM no sábado a noite após o meu namorado imprimir o cartão de presença (o qual era minha própria desculpa para confirmar o porque de eu não poder mais ir) e trazer em minha casa ainda à noite. Também foi nesse momento que coloquei em pratica uma das minhas formulas de impulso: por mais que você esteja com medo, por mais que você acredite que não adianta nada, você irá perder mais fazendo ou deixando de fazer?
A resposta para essa formula eu já tinha: não indo, eu apenas passaria o domingo em casa me sentindo um lixo, teria desperdiçado dinheiro publico e pagaria $80 reais ano que vem (esse último me aterrorizava porque eu sequer tinha um real até semana passada para interar o cachorro quente) e indo: eu ainda poderia me sentir mal com a nota, mas não teria que pagar oitenta reais daqui a alguns meses e ainda estaria praticando a redação e prova (sem estudar nada). Qual eu perderia mais? Pois bem, faltando vinte para as onze (depois de também sofrer antecipadamente com a possibilidade de me atrasar no horário de verão e na busca por duas canetas pretas em meu bairro) eu cheguei ao meu local de prova (só de lembrar do episodio no domingo passado eu sinto vontade de chorar pra não ir no próximo domingo).
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É por isso que eu digo que nesses três meses aconteceram muito e pouca coisa e ainda está acontecendo. Pouco por nada que possa ser relevante de um jeito feliz e blogueirinho para compartilhar. Mas muito porque… foi duro. São meses onde todos os meus medos ameaçam se juntar e eu me vi a beira de desenvolver outros novos. Traumas que eu pensei que havia superado há muito tempo me esmurraram e a ansiedade veio com tudo novamente.
Percebi também que eu tenho mais medo de sentir o trauma (sofrer na possibilidade dele aparecer), do que do trauma em si (as suas causas), risos. E é aquilo… você sabe que precisa mudar as suas atitudes, domar os seus pensamentos automutialatórios, mas não é assim tão fácil. Tão fácil quanto as pessoas que estão a sua volta dizem ser e isso só quando você está começando a dividir a sua situação, e então você desiste de compartilhar-la porque a frase “as pessoas não entendem” se prova ser real.
Então durante esse período de viagem dentro de mim e viagens fora de mim eu acabei voltando ao desejo de que “tomará que anoiteça logo” porque assim eu vou poder fechar os meus olhinhos e ficar na minha sem que as pessoas perguntem o porque, afinal elas também estarão fazendo o mesmo.
Então durante esse período de viagem dentro de mim e viagens fora de mim eu acabei voltando ao desejo de que “tomará que anoiteça logo” porque assim eu vou poder fechar os meus olhinhos e ficar na minha sem que as pessoas perguntem o porque, afinal elas também estarão fazendo o mesmo.
Eu percebi que tem feridas que ainda doem, mas agora eu não sei mais se eu só preciso cuidar delas para que não doam mais ou se irei sempre viver com esse medo de que alguém as toque querendo ou mesmo sem querer e as magoe. E bem… acho que você sabe o que medo faz: eles nos priva — eu já fui privada e consequentemente já me privei criando uma fob. social que não me permite abrir o portão para mandá-la embora…
Mas sabe, eu estou ciente disso tudo no final das contas, graças a Deus. A gente que tem as nossas próprias paranoias sabemos que elas estão ali coexistindo. Nós só precisamos arrumar a bagunça mais uma vez, e não digo isso de um jeito que parece fácil porque sei que não é. Mas o que mais nos resta?
O que mais podemos fazer se não arrumar a bagunça de novo? Eu sei que já arrumamos ela por diversas vezes, mas tenho aprendido que quanto mais a gente reorganiza, a gente aprende de onde cada coisa surge. De onde cada medo vem. De onde cada sentimento foi gerado.
Então como nós sabemos o que acontece quando ficamos dentro dessa bolha de proteção-sufocante eu tive muito tempo para ficar em casa e navegar na internet (o que me fez pensar também no conteúdo que eu produzo para as pessoas e no conteúdo que eu absorvo produzido pelas pessoas — o que me rendeu essa reflexão) e li, assisti e ouvi muita coisa bacana que gostaria de compartilhar agora com vocês nesse post.
Então como nós sabemos o que acontece quando ficamos dentro dessa bolha de proteção-sufocante eu tive muito tempo para ficar em casa e navegar na internet (o que me fez pensar também no conteúdo que eu produzo para as pessoas e no conteúdo que eu absorvo produzido pelas pessoas — o que me rendeu essa reflexão) e li, assisti e ouvi muita coisa bacana que gostaria de compartilhar agora com vocês nesse post.
Perdoe-me esse tanto de linha (juro que eu só ia falar de Outubro), mas muito obrigada a você que chegou até aqui e pela sua atenção e paciência. Desejo que os seu dia seja incrível, ta? Até mais. ❤|Imagem usada no topo por Joanna Kosinska via Unsplash
1 comentários
É muito real essa frase que você destacou. A gente se acomoda a fazer sempre o mesmo, ou seja, nada. E ficar nessa zona e conforto, bem, é MUITO confortável pra sair dela. Mas ficar assim não muda nada. Mas eu acredito que quando a coisa ficar realmente insuportável (e vai ficar), a gente muda. Por alguma pressão externa, obrigação ou simplesmente pelo fato de que você prefere que tudo vá pelos ares do que continuar do mesmo jeito.
ResponderExcluirBoa sorte pra gente e que bons ventos venham em nossa direção ♥